Djalma Vassão/Gazeta Press |
Publicado no R7 em 02/09/2011
Os anos de convivência com Zagallo na seleção brasileira transformaram o ex-lateral Cafu numa "versão século 21" do ex-treinador, que completou 80 anos no mês passado. Sem um emprego fixo ligado ao futebol desde que se aposentou, o capitão do Brasil na conquista do pentacampeonato mundial se mostra hoje um especialista em defender a seleção brasileira de toda e qualquer crítica possível.
Cafu esteve como convidado em evento promovido nesta quinta-feira (1º) por um dos patrocinadores da CBF, ao lado de três jogadores que defenderão a equipe nesta segunda-feira (5) num amistoso contra Gana, em Londres: Ronaldinho Gaúcho, Paulo Henrique Ganso e Lucas.
Durante a entrevista, o ex-jogador abusou de termos que ficaram famosos na boca de Zagallo, como "amor à camisa" e "amarelinha", em referência à seleção, e fez pouco caso dos maus resultados recentes da equipe sob Mano Menezes. Na visão de Cafu, o Brasil ainda é a principal seleção do futebol mundial, mesmo tendo sido eliminado nas quartas de final nas duas últimas Copas do Mundo e com resultados pífios nos últimos meses em confrontos contra adversários de alto nível.
- O Brasil vai ser sempre absoluto, respeitado onde e com quem for jogar. As outras seleções melhoraram muito nos últimos tempos, mas o Brasil ainda é o melhor.
Cafu também se recusou a respaldar as críticas aos resultados recentes, e disse ter plena confiança no sucesso da equipe sob o comando de Mano Menezes.
- O Mano está fazendo a renovação no momento certo, que é quando o Brasil conseguiu revelar grandes jovens craques. O trabalho é de longo prazo, visando à Copa do Mundo, e, quando os resultados começarem a aparecer, as críticas vão diminuir.
Ao elogiar os jovens Lucas e Ganso, Cafu aproveitou para mandar o recado da necessidade de amor à camisa e patriotismo.
- Eles deixaram de ser promessa e são jogadores de extrema importância para a seleção. Acontece que, quando você está na seleção, você representa toda uma nação. Se eles tiverem consciência disso, do que é representar o Brasil, eles vão se dar bem.
Cafu, de 41 anos, parou de jogar em 2009, depois de rescindir contrato com o Milan. Na seleção, atuou até 2006 e se retirou como recordista de atuações, com 142 jogos e participação em quatro Copas do Mundo.
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