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Campeões sub-20 desafiam ocaso de antecessores e tentam lugar na seleção principal

Carlos Duran/EFE
Dos 74 campeões anteriores, apenas 19 tiveram nova chance depois do título

Publicado no R7 em 04/09/2011

Mais do que se firmar como titulares de seus times, os jogadores da seleção brasileira campeã mundial sub-20 têm pela frente o desafio de continuar vestindo a camisa amarela com o time principal. Incentivo para isso eles têm, já que o técnico Mano Menezes esteve na Colômbia e acompanhou in loco a vitória sobre Portugal por 3 a 2, na decisão, e já avisou que poderá convocar alguns deles já para enfrentar a Argentina, no dia 14, em Buenos Aires, quando poderá contar apenas com jogadores que atuam no futebol brasileiro.

Três deles já estão entre os 61 convocados por Mano até agora: o meia Philippe Coutinho e o goleiro Gabriel foram chamados no ano passado, enquanto Danilo pode fazer sua estreia diante de Gana, no próximo dia 5, em Londres.

A história mostra que poucos dos campeões mundiais sub-20 deram fruto na seleção principal. Dos 74 atletas que venceram os Mundials anteriores (18 em 1983, 1985 e 1993 e 20 em 2003), apenas 19 voltaram a defender a seleção nos níveis acima.

Seis deles chegaram ao auge e foram campeões do mundo. A seleção do tetra mundial em 1994 tinha Jorginho, Bebeto e Dunga, campeões sub-20 em 1983, no México, além de Taffarel e Müller, do time vencedor em 1985, na União Soviética. Dida, pentacampeão em 2002, era o goleiro do time vencedor em 1993, na Austrália.

Outros três jogadores conseguiram se manter a seleção principal a tempo de pelo menos disputar uma Copa do Mundo: Silas, melhor jogador do Mundial Sub-20 de 1985, disputou as Copas de 1986 e 1990, enquanto Nilmar e Daniel Alves, titulares do time de 2003, estiveram no Mundial de 2010, na África do Sul.

Oito jogadores não chegaram a disputar Copa, mas pelo menos tiveram chances na seleção principal: o meia Geovani, de 1983, o lateral Dida, de 1985, o volante Marcelinho Paulista e o atacante Jardel, campeões de 1993, o goleiro Jefferson, o lateral Adriano Correa, o volante Dudu Cearense e os meias Daniel Carvalho e Fernandinho , de 2003 – Jefferson e Fernandinho, inclusive, chegaram ao time apenas depois de 2010, pelas mãos de Mano Menezes.

Completa a lista o atacante Dagoberto, que participou da campanha fracassada no Pré-Olímpico de 2004, no Chile, e nunca teve uma chance na seleção principal.

Se mantida a média, pode-se dizer que, dos 21 campeões neste sábado, na Colômbia, apenas cinco vão defender a seleção principal – com Philippe Coutinho, Gabriel e Danilo já chamados, restam apenas duas vagas. E somente dois disputarão uma Copa do Mundo, a menos que Mano e a CBF finalmente coloquem em prática o discurso de que as seleções de base são importantes para que o jogador se “acostume” ao ambiente.

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