Reprodução/Facebook |
Publicado no R7 em 27/09/09
Os desafios são rotina na vida de Bob Burnquist. Na adolescência, ele tinha de sair escondido de casa para andar de skate, e ainda enfrentou a proibição do esporte pelo então prefeito de São Paulo, Jânio Quadros, em 1988. Também se aventurou em outras áreas. Pulou de paraquedas em precipício e ficou viciado em megarrampas.
- O Jânio proibiu e a gente continuou andando. Minha mãe também me proibiu, e eu saí pela porta de trás e fui andar. Não é legal, é verdade, mas o skatista, quando quer, não adianta. O skate é uma atividade rebelde.
Em 2006, Bob saltou de uma rampa gigante direto num dos precipícios do Grand Canyon, nos Estados Unidos, usando um paraquedas.
- Aquilo foi um dos dias mais divertidos da minha vida. Era uma área indígena, dos Navajos, foi preciso pedir autorização, e a semana toda nevou, ventou, eu passei o tempo todo orando para dar certo. Quando aconteceu foi algo maravilhoso, uma honra. Mas é uma realidade diferente de uma megarrampa, porque lá eu tive de usar a habilidade no skate pra descer e depois usar o paraquedas. Aqui é preciso descer, saltar e se preocupar com o quarter [segundo trecho da pista, onde o skatista faz mais manobras].
Ele também ajudou a aperfeiçoar as megarrampas, estruturas gigantes que fazem o skatista voar a até 9 metros de altura - o único modelo permanente desse tipo no mundo está no quintal de sua casa, na Califórnia, nos Estados Unidos, onde Burnquist recebeu no mês passado os principais atletas internacionais.
Medo - Apesar do hábito, Bob não esconde que o medo está sempre presente, e é um componente importante nos desafios.
- Não dá pra não sentir medo, até porque é o medo que te dá mais segurança. Se você não tiver, você não tem o limite e se machuca muito facilmente. Então a gente checa tudo, vê se o skate não está torto e vai embora.
Depois de andar em megarrampas e saltar em cânions, Bob ainda não sabe qual será seu próximo passo. Enquanto isso, seguirá em cima do seu skate, em rampas gigantes e normais, sempre com a intenção de dar tudo o que pode, com o máximo de paixão possível.
- Hoje o que satisfaz minha adrenalina é a megarrampa, a velocidade que eu consigo andar com o skate, a altura dos saltos.
Comentários
Postar um comentário